terça-feira, 29 de maio de 2012

Mensagem da Autora

       "Não por acaso somos o maior exportador de suco de laranja do mundo. Devemos explorar o que temos de melhor, nosso produto natural, desde a casca até as sementes, tudo pode ser aproveitado.  Apesar de termos este destaque, ainda não estamos explorando totalmente o nosso potencial. Temos inúmeros exemplos de reaproveitamento de frutas no nosso país: a biomassa da banana verde, a farinha de maracujá, o óleo de semente  de uva. São idéias que precisam de investimento e apoio.Por este motivo iniciei um projeto na disciplina de Comércio Exterior da minha faculdade , que fala sobre o reaproveitamento de alimentos dentro do comércio internacional. É como perguntar : O que mais podemos oferecer  ao mundo usando nosso fruto natural? Como multiplicá-lo ?"  Isto implica inovação, mudança de mentalidade das empresas, dos orgãos investidores e da sociedade. Procurarei então encontrar a resposta a esta pergunta com este projeto e espero que ele proporcione inovação e conhecimento a todos os leitores" 

 Raquel Teixeira Fernandes






   Raquel  Teixeira Fernandes é estudante do 1° ano de Comércio Exterior na  Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo- Fatec ( instituição pública de ensino superior, autarquia do Governo do Estado de São Paulo vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia). Deu início ao projeto em um trabalho da disciplina de Comércio Exterior com o tema : "Reaproveitamento de frutas no mercado internacional " e procura expandir esta idéia em  instituições de incentivo à pesquisa e  inovação. ]


quinta-feira, 3 de maio de 2012

Polpa e purê de frutas e o Comércio Exterior.


 

      Sob o ponto de vista técnico, esta é uma pesquisa que vai falar sobre a polpa ou o purê de frutas para o uso culinário.  Este segmento tem crescido muito no mercado mundial, pois após a geração  de comidas rápidas (Fast foods), as consequências que não foram   agradáveis para a saúde de muitas pessoas, levaram a população mundial  a  opções naturais de alimentação, mas não abrindo mão da rapidez e praticidade.

      Foi neste contexto que cresceu o mercado de polpas e purês de frutas.


        Segundo o 3 fontes de pesquisas (O site A Feira- da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, o site da Agência Brasileira de Desenvolvimento e Indústria  ABDI, e o NESH Notas Explicativas do
Sistema Harmonizado de  Designação decodificação de Mercadorias), a diferença entre polpa e purê éem resumo, que  a polpa  é o processamento da parte comestível da fruta e resultará num produto mais aquoso  e o purê vem da polpa (parte comestível da fruta), com ou sem casca rija, passa pelo cozimento e resultará em um produto mais pastoso. O fundamento da pesquisa  é o mesmo para polpa e purê, posto que em alguns aspectos eles tem a mesma finalidade ( Panificação e Confeitaria, Massas e Biscoitos, Sorvetes, Sucos e Derivados).

    

    Até 2009 , o Brasil ocupou 3° lugar em exportação de frutas tropicais, o que determina um bom começo para o mercado de polpa de frutas, visando a sazionalidade, a variedade  de fruta e utilização das mesmas.

       A biomassa da banana verde por exemplo, que tem várias finalidades,( espessante alimentar, substituição de farinha de trigo, uso na fabricação de bolachas e outras  massas) é uma  inovação brasileira no mercado internacional , posto que a procura  de países da Europa por exemplo, tem crescido na procura de frtuas brasileiras para utilização em confeitarias, sorveterias, bombonieres entre outros.



 Pode-se ressaltar que este é um mercado promissor, porém é necessário muitos ajustes para haver competitividade no produto brasileiro. O consumidor europeu por exemplo,  é bem exigente e visa na compra destes produtos  a qualidade superior e embalagens especiais.  O produtor brasileiro encontra então dificuldades em tornar seu produto competitivo pois é necessário desenvolvimento técnológico para a sua  conservação,  descoberta de novas finalidades, exploração da diversidade de frutas brasileira e o  desafio de se manter competitivo no mercado da culinária em geral ". A maior necessidade atualmente é o desenvolvimento técnológico no setor,  pois a competitividade vai de encontro com países de alto nível tecnológico como China, e outros países da Europa que tem crescido neste setor.    


  O mercado dos purês e frutas brasileiros, com a descoberta de novas finalidades,  fará o Brasil se destacar no cenário internacional, não só neste aspecto como também na sazionalidade das frutas e a sua diversidade,  porém é necessário incentivos e ajustes da parte governamental e a prórpia parte empresarial  para valorizar o produto nacional.   

quarta-feira, 2 de maio de 2012

Purê ou Polpa de Frutas: Definição







 Definição de polpa de frutas  segundo o site www.abdi.com.br. 






" As polpas são produtos obtidos pela extração do extrato aquoso das frutas. “Sob o ponto de vista técnico legal, é o produto não fermentado, não concentrado, não diluído(...), com um teor mínimo de sólidos totais, provavelmente  da parte comestível da fruta, estabelecido legalmente para cada tipo de fruta utilizada” (IBRAF, 2007: 23). As polpas são geralmente fornecidas congeladas, sendo destinadas ao consumo intermediário (para transformação secundária) ou final. “São normalmente comercializados em envelopes plásticos de 100 g em um conjunto de 4 unidades para o mercado consumidor.  Para o mercado institucional são oferecidos em embalagens plásticas flexíveis com pesos variados de 2,5 a 5 litros” (IBRAF,2007: 25). 

http://www.abdi.com.br/Estudo/Frutas%20Processadas%20-%20julho2008.pdf





 Definição de Purê de Frutas pelo NESH ( Notas Explicativas do  Sistema Harmonizado de  Designação decodificação de Mercadorias )



   "Os purês de frutas são preparados a partir de polpas de frutas peneiradas, ou de frutas de casca rija, mesmo adicionadas de açúcar, por cozimento prolongado a fim de se obter uma consistência mais ou menos pastosa. Diferenciam-se dos doces pela sua forte concentração de frutas e por uma consistência mais branda."






De acordo com o site A Feira- da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.


 “ O purê ou polpa de qualquer fruta é o produto processado que visa substituir a fruta na ausência desta, ou seja, fora da época da safra ou na impossibilidade de compra em outros locais (preço, distância, etc.).
  Para obter a polpa ou purê, as frutas são selecionadas, despolpadas, têm acidez corrigida e são pasteurizadas. A conversão desta polpa pode ser feita por resfriamento, congelamento, adição de conservantes químicos ou em embalagens assépticas.”










Europa e o consumo de purê de frutas.

   

      

   Os europeus são ótimos consumidores de frutas. Mas eles são bem exigentes. Eles valorizam a qualidade superior do produto, frutas vendidas já pronta para o consumo e embalagens especiais.  

   Este é um dos motivos do crescimento da polpa ou o purê de  frutas nesta região.  Um outro fator  que  faz os europeus serem um grande consumidor destes produtos,  é que  a panificação, confeitaria, sorvetes e bombons  estão na cultura deles e isto exige a utilização da polpa de frutas.      Sabe-se que  os maiores exportadores   para o Reino Unido, são os seus próprios  vizinhos, países de seu continente que por estarem no mesmo bloco econômico, possuem  preferências tarifárias de venda e compra.      Sabendo disto então, o que pode fazer crescer o mercado de purê de frutas brasileiras  na Europa,  sendo que o próprio  continente é um produtor e vendedor ?    É como  questionar,  o porquê de o país do futebol contratar jogadores  estrangeiros para jogar em  times nacionais.       É como questionar  por que  o país do café, consome o "capuccino" italiano.     Diante disto fica a questão : Como fazer o vendedor se tornar o comprador ?     Investindo em qualidade de produção, e principalmente em Inovação. A pesquisa abaixo, feita pelo site Radar Comercial do MDIC (Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior), sobre os anos de 2009 a 2011, indica que a exportação deste tipo de produto de alguns  países europeus para o próprio Reino Unido, não obteve grande crescimento,  mas tem uma relação de compra e venda estável. Portanto isto  representa que o não houve muitas  novidades, nem em  explorar  novas frutas, nem em produção no segmento.Isto pode ser uma grande porta de entrada para o Brasil ,que  deve se aproveitar desta falta de inovação e se lançar neste mercado na Europa.  








Na mesma pesquisa é notado a ascensão dos países do leste europeu no Reino Unido. Isto representa  que os países  não atingidos pela crise européia, se tornaram vendedores deste produto para ele.Também  indica um fator cambial determinado as suas relações, o que pode ser outro indício positivo para o Brasil de entrada na Europa, muito mais agora que o continente se recupera de uma grande crise econômica. 

  Investir também na produção  de purê e polpas de frutas no Brasil é algo  fundamental, não só para a entrada na Europa mas no mundo inteiro, pois o que faz  este tipo de produto ser competitivo é a qualidade da sua produção(como ele é feito, refinado, conservado) e a diversificação das frutas exportadas(exploração da diversidade de frutas do Brasil).  De acordo com o site biblioteca Sebrae: 
 " Na Indústria alimentícia (da Europa) : destaca-se a procura para diferentes utilizações. Empresas alemãs mostraram-se interessadas na importação de frutas brasileiras para utilização em confeitaria, bombons e sorvetes, destacando-se frutas liofilizadas (abacaxi, banana, maçã etc.),  nuts(como castanhas do Pará e de caju) e, potencialmente, polpa de frutas congeladas"



http://www.biblioteca.sebrae.com.br/bds/bds.nsf/8D7C26EB10CA94AC832578C4005EA17F/$File/NT0004625A.pdf









Biomassa da Banana Verde: A inovação !




       A Biomassa de banana verde,  um espessante alimentar  feito da polpa da banana verde processada no dia seguinte de sua colheita,  é uma inovação para o mercado da culinária mundial. 


      Ela  é muito simples de ser feita, não há muitos custos de produção, e  tem  muito valor agregado pois a biomassa já é vendida pronta para o consumo, em embalagens especiais. 
     Colhe-se a banana verde , e ao dia seguinte ela é cozida.   Posteriormente é processada integralmente(com casca), ou  apenas a sua polpa e obtêm-se  então o purê da banana verde.
    Ele é usado na culinária como espessante, insípido (sem gosto) e inodoro(sem cheiro), não contém glúten nem conservantes. 
   A sua finalidade é imensa, podendo conquistar o mercado mundial pela sua variedade de utilização. Pode ser usada  na Panificação e Confeitaria, Massas e Biscoitos, Sorvetes, Sucos, Derivados e Embutidos de carne, Refeições Coletivas, Lácteos e Molhos.
  
Segundo o site www.valemaisaliemntos.com.br 






 "  Pesquisa recente realizada  junto ao Instituto Adolfo Lutz e ao IPEN (Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares),  revelou que uma massa de macarrão formulada com polpa de banana verde mostrou-se  interessante sob o ponto de vista nutricional, pois apresentou baixo teor de lipídeos, maior teor  de fibra alimentar e menor valor calórico quando comparada às massas tradicionais. Em relação à aceitação sensorial, tal produto obteve aceitação semelhante ao convencional e grande parte dos consumidores demonstrou interesse em adquirir o novo tipo de macarrão se estivesse à venda no mercado"






  A biomassa da banana verde é produzida na cidade de Santos pela  empresa  Vale mais alimentos,  pela facilidade de extração da banana verde na região do Vale do Ribeira, que é uma região produtora em grande quantidade deste produto. 
   
    Sabendo que apenas os países tropicais são produtores banana verde e  a rapidez com que a biomassa  precisa ser produzida ( no dia seguinte de sua colheita ),  pode se projetar e com resultados positivos, a grande procura desta  inovação  no mercado mundial .Principalmente em lugares frios onde não há o cultivo dela como a Europa, que está em crescimento na demanda de  alimentos funcionais e orgânicos.  Pode-se  lançar como atrativo as  várias formar de utilidade deste subproduto como em confeitarias, presente em todo continente europeu. 




America Latina em ascenção.


                 De acordo com pesquisa feita no site Radar Comercial do MDIC (Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior), sobre os anos de 2007 a 2011, na exportação  de purê e polpa de frutas do Brasil, é notável a queda de países do bloco europeu em exportação no mercado mundial deste segmento.  Na mesma pesquisa é notado o crescimento  do Paraguai em exportação para o Brasil.
       Isto representa uma possível inovação no setor para países do Mercosul, como visto abaixo, o crescimento em exportação do Brasil e Chile para o Reino Unido, um dos maiores compradores mundiais deste tipo de produto